O Ministério Público de Sergipe, através do Centro Operacional de Proteção ao rio São Francisco e às Nascentes (CAOpSFN), reuniu representantes de diversos órgãos que têm atuação concernente aos recursos hídricos de Sergipe no Refúgio da Vida Silvestre da Mata do Junco, no município de Capela. O objetivo foi realizar uma expedição em diferentes pontos de interesse na região, que possuem nascentes de afluentes da bacia do rio Japaratuba. A expedição é um dos marcos iniciais do projeto Nascentes de Sergipe, idealizado pelo CAOpSFN em parceria com diversos órgãos.
Participaram da atividade, além do Diretor do CAOpSFN, o Promotor de Justiça Sandro Luiz da Costa, representantes do Ministério Público de Contas (MPC), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Sustentabilidade e Ações Climáticas (Semac), do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Japaratuba (CBHJ), da Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente (Anamma), do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Socioambiental (Idesa), além de Secretários Municipais do Meio ambiente dos municípios de Pirambu, Capela e Carmópolis. Também estiveram presentes pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos (PRORH).
Durante a expedição foram visitados cinco pontos. O primeiro deles foi o ponto de captação de abastecimento de água e uma das nascentes dentro da Unidade de Conservação da Mata do Junco (Riacho Lagartixo) na central do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). No segundo ponto foi feita a tentativa de localizar diferentes nascentes do rio Favela dentro de uma propriedade particular. Nos terceiro e quarto pontos foram visitadas nascentes em área urbana que sofrem com a falta de saneamento. O quinto ponto foi a bica de Capela, ponto turístico que passou recentemente por obras.
A partir das visitas, foram levantadas informações importantes para o cuidado com as nascentes, que devem ser identificadas de maneira sistêmica, considerando a cabeceira do rio e não somente as nascentes isoladas. Também foi detectada a falta de tratamento de efluentes e resíduos sólidos nas áreas mais povoadas do município, contribuindo para a degradação dos corpos hídricos localizados em áreas urbanas. “Esta foi uma expedição piloto para determinar as metodologias adequadas para identificação das nascentes, realizar diagnósticos e também, posteriormente, para ajudar a definir como será feita a proteção desses recursos hídricos”, explicou o Diretor do CAOpSFN, o Promotor de Justiça Sandro Luiz da Costa.
A partir dos dados levantados durante a expedição, o CAOpSFN criou um fórum virtual para troca de informações entre os parceiros do projeto Nascentes de Sergipe, com o objetivo de de debater os resultados e definir ações posteriores. “Entendemos que a expedição foi um sucesso, porque pudemos vislumbrar as dificuldades e também os encaminhamentos que serão adotados, no âmbito do projeto, daqui em diante”, concluiu o Diretor do CAOpSFN.
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