Em uma manhã preenchida com discussões sobre história e cultura afro-brasileira nos planos de aulas das escolas, o Ministério Público de Sergipe, por meio da Coordenadoria da Promoção de Igualdade Étnico Racial (Copier), deu início à terceira edição do projeto Ilé-Iwé. A iniciativa faz parte do projeto Aracaju sem Racismo, desenvolvido pela Prefeitura de Aracaju. O evento foi marcado por debates e apresentação da Companhia de Teatro ParlaCênico, com projeto ‘Alma Africana’.
O projeto conta com a parceria das Secretarias Municipais de Educação de Aracaju, do Estado (Seduc), de São Cristóvão, de Nossa Senhora do Socorro e da Universidade Federal de Sergipe/Neabi (Núcleo de Estudos Afro-brasileiro) e do Movimento Negro Unificado (MNU).
A programação da terceira edição do projeto reunirá oficinas específicas voltadas para os profissionais atuantes na Educação Infantil, nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, na Educação de Jovens e Adultos (EJA), e na Educação Especial. Os participantes que alcançarem a frequência mínima obterão, ao final, certificado de 40 horas. Ao todo, 220 profissionais da Educação se inscreveram para esta edição.
O Procurador-Geral de Justiça, Manoel Cabral Machado Neto, enalteceu a importância do tema e do cumprimento da Lei Federal nº 10.639, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’.
“Feliz o povo que cultua a sua história e que preserva suas memórias, porque é homenageando o nosso passado que trazemos riquezas para o nosso dia a dia. Através dessa iniciativa, é possível não só implementar a legislação, mas também estar ao lado da formulação das políticas públicas que afastam qualquer tipo de discriminação e exclusão social. O Ministério Público é a casa da cidadania, e deve receber todos os participantes dessa rede para, juntos, construírem o melhor para o interesse publico, cada um com sua visão, com sua complementação e participação”, destacou.
A programação contou com as conferências “A colonialidade do currículo como estratégia de produção do racismo”, com o professor Evanilson Tavares; e ‘As diversidades étnico-raciais percebidas através do Giro Sergipe’, com a jornalista Anne Samara; e o lançamento do livro ‘A Gazeta de Sergipe como aliada da banalização da violência de raça e de classe em Sergipe (1959 a 1979)’, do professor Roberto Amorim.
O Coordenador da Copier, o Promotor de Justiça Luis Fausto Dias de Valois Santos, enfatizou o papel dos parceiros do projeto para efetivar o cumprimento da lei. “Desde o primeiro evento temos o empenho e a parceria das Secretarias de Educação de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, que se somam colocando todo seu staff à disposição para a realização dessa capacitação, com o objetivo de colocar em prática a Lei 10.639. Nessa terceira edição, agradecer de forma especial a participação do professor Evanilson Tavares e da jornalista Anne Samara, como palestrantes do evento” destacou.
O Promotor de Justiça Luis Fausto Valois mencionou também a parceria dos Promotores de Justiça Newton Silveira, Flaviano Almeida e Fábio Viegas, Diretores da Escola Superior do MPSE, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e da Coordenadoria de Comunicação Social, respectivamente.
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