“E por que disseminar a cultura de paz? Porque é um caminho humano, solidário e fraterno”. É com essa diretriz que a Coordenadoria Permanente de Autocomposição e Paz (Coapaz) celebrou, nesta segunda-feira, 7, a formatura da segunda turma do “Curso de Capacitação de Facilitadores de Círculos Restaurativos e de Construção de Paz”, fruto do Projeto “Semeando a Cultura de Paz: Capacitar para Florescer”. Ao todo, 46 profissionais das mais diversas áreas de proteção e atendimento à infância e ao idoso, conselheiros tutelares e do sistema de justiça, obtiveram o título de facilitador e passam a disseminar e praticar a cultura de paz, através dos círculos restaurativos, nos seus ambientes de trabalho e ciclos sociais.
A capacitação é uma iniciativa da Coapaz e da 8ª Promotoria de Justiça dos Direitos do Cidadão, especializada na Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, com a parceria do Ministério Público do Trabalho (MPT/SE) e da Universidade Federal de Sergipe (UFS), através da Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão de Sergipe (Fapese).
A Coordenadora da Coapaz, a Procuradora de Justiça Maria Conceição de Figueiredo Rolemberg, enalteceu as parcerias que possibilitam o desenvolvimento do projeto e mencionou a importância da formatura de mais facilitadores de Círculos Restaurativos e de Construção de Paz. “Essa segunda turma é uma vitória daquilo que eu sempre reforço: do esperançar, do acreditar. Nesse trabalho, a Coapaz atende as demandas que são enviadas pelos membros do Ministério Público, da Promotoria de Justiça do Idoso, da Promotoria de Justiça da Infância, da Educação, do Meio Ambiente, e desempenha papel muito importante previsto na sua estruturação jurídica, na sua regulamentação, de disseminar a cultura de paz. E por que disseminar a cultura de paz? Porque é um caminho humano, solidário e fraterno, possibilitando que, com a participação dos protagonistas do fato ou do conflito, em ambiente seguro e confidencial, seja dada solução pacificada ao conflito. E nesse caminho temos a importante parceria do Ministério Público do Trabalho, que nos dá fôlego para formar pessoas que sejam cultivadoras e disseminadoras de paz”, destacou.
A capacitação da segunda turma do projeto foi iniciada no dia 15 de março de 2023, cumprindo carga horária de 70h, durante três meses. Os profissionais foram divididos em duas turmas, recebendo certificado ao final do curso.
Durante a cerimônia de formatura, o Procurador-Geral de Justiça, Manoel Cabral Machado Neto, elogiou os novos facilitadores e reforçou o apoio aos projetos da Coapaz. “Através de projetos como esse, o Ministério Público de Sergipe não se limita a uma atuação unicamente processual, ele trabalha também na prevenção e solução de conflitos desenvolvendo essa cultura de paz, de buscar o diálogo, ouvir as pessoas envolvidas para uma melhor solução das suas controvérsias. O MP de Sergipe, por meio da Procuradoria-Geral de Justiça, reafirma o seu compromisso de apoiar os projetos da Coapaz, efetivando e propagando a cultura de paz nos diversos ambientes, como medidas alternativas para a superação dos conflitos”, frisou.
O Procurador-Chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT), Alexandre Alvarenga, sinalizou a continuidade da parceria entre as instituições, dando prosseguimento aos benefícios do projeto. “Tive a satisfação de participar da entrega dos certificados da primeira turma e, agora, da segunda turma também. Eu entendo que é um passo importante para a gente promover uma cultura de autocomposição, de mediação, de solução pacífica de conflitos e evitar a jurisdição, que é uma solução colocada por um terceiro. Eu acho que quando as próprias partes conseguem resolver os seus conflitos pela autocomposição, é muito melhor, ficam menos arestas. O Ministério Público do Trabalho fica muito feliz de poder participar desse projeto”, registrou.
A Professora da Universidade Federal de Sergipe, Daniela Costa, responsável pela capacitação dos alunos, não escondeu a felicidade com mais uma formatura e destacou a iniciativa como revolucionária dentro do sistema de justiça. “Nesse ano nós buscamos parcerias com mais órgãos para fortalecer essa construção da paz. Envolvemos secretarias estaduais, municipais, pessoal da congregação das irmãs, sempre com o objetivo de pregar essa cultura de pacificação para além das instituições do sistema de justiça. A ideia é trabalhar os conflitos antes que precise judicializar esses embates. É pensar o Ministério Público não como acusador, mas também como um órgão que transforma conflitos a partir dessa construção com as comunidades. Toda essa iniciativa é revolucionária dentro do sistema judiciário, com potência de transformar a visão que a comunidade tem dessas instituições”, analisou.
Após a conclusão, a Coapaz fará o monitoramento dos projetos apresentados pelos facilitadores no final do curso, pelo período de dois anos, junto às instituições e órgãos aos quais são vinculados. Estes enviarão relatórios trimestrais à Coordenadoria Permanente, noticiando o número de práticas realizadas, de participantes atendidos e pesquisa de satisfação. Ao final da capacitação, será produzido um relatório consolidado, que será encaminhado a todas as instituições parceiras do Projeto.
> Presenças
Também prestigiaram a formatura: o Procurador de Justiça Rodomarques Nascimento, os Promotores de Justiça José Elias Pinho e Deijaniro Jonas Filho, as Promotoras de Justiça Lilian Carvalho e Maria Rita Machado; e o Procurador do Trabalho Emerson Albuquerque Resende.
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