Além de Sérgio Joás, o Juízo de Direito da Comarca de Aquidabã já havia decretado a prisão preventiva de mais dois denunciados no Processo, Joan Diego Nascimento Silveira, ex-Secretário de Finanças de Aquidabã, e Gregório Emilian Valeriu, sócio-proprietário da Construnews. Os mandados de prisão contra Joan Diego e Gregório Emilian foram cumpridos em 17 de setembro de 2018.
O denunciado Sérgio Joás estava em viagem nos Estados Unidos e a Defesa dele informou nos autos do processo, dois possíveis destinos no Brasil, uma passagem aérea cujo destino final seria a cidade de Fortaleza/CE, às 21:50h do dia 28/09/2018. Posteriormente, a Defesa informou um segundo voo de retorno do acusado, desta vez com destino a Salvador/BA.
Diante do não embarque do alvo em Guarulhos para Fortaleza, e apurada a existência de check in na nova passagem com destino a Salvador, o MP acionou a Polícia Federal no aeroporto do local para o cumprimento do mandado de prisão.
Sérgio Joás foi transportado pela PF, de Salvador para Aracaju, ainda na manhã do dia 29 e foi custodiado, provisoriamente, na carceragem do COPE – Comando de Operações Especias da Polícia Civil de Sergipe. Uma audiência judicial de instrução no processo criminal será realizada, ainda esta semana, na Comarca de Aquidabã.
A Operação Hígia
A Operação Higia foi deflagrada em 18 de janeiro deste ano, pelo GAECO, em apoio à Promotoria de Justiça de Aquidabã, e teve medidas cautelares deferidas pelo Magistrado daquela Comarca. As investigações foram iniciadas em razão de suspeitas de fraudes em procedimentos licitatórios daquele município, das quais podem ter resultado prejuízos aos cofres públicos que giram em torno de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais).
Vale lembrar que a Operação Hígia também é decorrência da Operação Antidesmonte, deflagrada pelo MPSE e pelo TCE/SE no final de 2016. As investigações realizadas no âmbito da Antidesmonte revelaram manobras de alguns dos investigados, atualmente réus em processo criminal ajuizado na Comarca de Aquidabã, para burlar a ordem de pagamento dos credores do município, bem como para dificultar a fiscalização do período de transição de governo, após as eleições de 2016, pelas equipes de inspeção do Ministério Público e do Tribunal de Contas.
O nome da operação, HÍGIA (figura da mitologia grega ligada a saúde, limpeza e sanidade), deve-se ao tipo de serviço contratado de forma fraudulenta, coleta de lixo e limpeza urbana.
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